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Deus é Fiel
Thaíse e Mervyn
Antes de tudo
Thaíse: Era uma noite fria do dia 15 de maio de 2004, e eu mais uma vez arrastada fui para Brasília. Após um dia inteiro na rua com a vozinha e meus pais, minha prima ligou nos convidando para comer um crepe. Fora do convencional, meu pai se animou.
Estávamos na casa da tia Minerva esperando pela Paloma, quando eu ouço o barulho do carro parando do lado de fora e vejo umas quatro pessoas vindo em direção ao portão.
Como não conhecia aquelas pessoas e estava tentando falar ao telefone, fui para dentro do quarto, fiquei por lá um tempo e voltei para a sala, quando fui apresentada aos cunhados da minha prima.
Sentada em um puff com a mente vagando e os olhos fixos na televisão percebi que alguém me observava, automaticamente me virei pra saber de quem se tratava. Era ele. Não liguei muito até me dar conta de que ele era lindo!
Então, o olhar perdido deu lugar a um flerte em meio à multidão.
Durou pouco tempo, pois fomos todos para o tal crepe.
Dentro do carro, com a minha priminha Giovanna, e sobrinha dele, fiquei me imaginando conversando com ele, e pensando no quanto ele poderia ser legal.
Já na creperia lotada, enquanto esperávamos por uma mesa, a cúpida da minha prima Paloma, veio com uma conversa mole, tecendo inúmeros elogios ao cunhado, dizendo o quanto ele era bom, bonito, e ótimo partido.
Mas, ela não se fez de rogada, deixou de ser indireta e disse de cara “Thaíse, você vai namorar o Mervyn”. Eu apenas dei aquele sorriso amarelo-surpresa e nada disse, mas por dentro, bastante interessada em conversar com o rapaz.
Quando desocuparam uma mesa, eu fiquei esperando para ver onde ele se sentaria para me sentar perto, mas ele não se movia!
Por sorte, ele se sentou na minha frente, o que foi muito melhor, pois assim eu pude vê-lo bem de perto e observar todos os detalhes daquele rostinho branquelinho.
Conversamos pela eternidade....A verdade é que foram apenas algumas horas, mas pareceram toda uma vida...eu sinto que meus olhos brilhavam, o meu coração aquecia e por isso eu falava, falava, e falava. Eu conversei muito aquela noite!
Durante aquele momento eu tive uma sensação de “slowmotion”, algo bem mágico, como se de fato tudo a minha volta parasse e eu só pudesse enxergar o cunhado da minha prima, o Mervyn. Eu não ouvia o que ele dizia, apenas via os seus movimentos em câmera lenta, e me lembrei de todas as orações quanto à minha espera em Deus, de me trazer não um namorado, mas alguém que fosse ser um comigo para sempre.
Foi quando naquele momento eu tive uma certeza impressa em minha alma, no meu espírito, como uma brasa quente...é ele!
Foi um susto e uma grande surpresa, por isso eu mesma me sacudi e desvencilhei...como seria possível?! Nem nos conhecíamos. Morávamos em cidades diferentes. Namoro a distância não iria funcionar...me dei mil desculpas para nem apreciar a hipótese daquela surpresa que me acontecia.
Mervyn: No dia 15 de maio de 2004 a noite, eu estava a toa em casa quando recebi um convite para ir a um crepe com a família da Paloma, prima da Thaíse. Fui com o Harley, a Paloma e o Rubinho. No caminho fui informado pela Paloma de que lá estaria uma prima dela, muito bonita, que eu iria conhecê-la e que era para eu namorar com ela, mas que ela era o xodozinho do pai e ele morria de ciúmes dela. Conversa vai, conversa vem e após alguns minutos estávamos na casa da Minerva, e confesso que meu pensamento estava em conhecer essa tal prima bonita que morava em Goiânia.
Desci rapidamente do carro e pude observar lá da rua que havia uma bela moça sentada num puf na sala da Minerva. Mas, quando entrei na sala, o puf estava vazio, a moça correu para o quarto igual um bichinho do mato e eu fiquei ali pensando....”nossa, que roceira...” mas logo ela voltou e fomos apresentados, descobri que seu nome era Thaíse e ela sentou-se novamente no puf fazendo de conta que eu nem existia.
Não resisti à beleza da moça e não consegui ficar sem olhar para ela, queria que ela percebesse que eu a estava observando, e realmente era uma princesa muito linda, cabelos extremamente lisos e pretos, pele branquinha e olhinhos que pareciam uma jabuticaba.
Fomos então para o crepe e eu pensando como fazer para me aproximar dela para conversar, afinal o pai ciumento estava por perto e a mãe não parava de falar alto um só minuto e poderia me constranger a qualquer momento. O crepe au’chocolat estava lotado e ficamos aguardando mesa por uns 20 minutos. Quando surgiu lugar eu pensei que a única oportunidade seria sentar perto da Thaíse e fiquei esperando ela sentar, mas não sei se um momento de sono ou o que, ela demorou e então parti para o outro lado sentando no meio da grande mesa e que surpresa maravilhosa eu tive quando exatamente a minha frente estava ela, toda sorridente e falante. Relaxei, pedi meu crepe e comecei a conversar com ela, aliás, ela começou a falar e não parou mais, parecia uma maritaca e fiquei meio que apenas ouvindo e falando muito pouco. Foi o suficiente para eu não deixar de pensar nela um só dia desde então. Ela comeu um crepe de banana e depois comeu mais um de frango com catupiry que eu havia pedido para mim. Eu não me importei, pois consegui me aproximar dela e ela mesmo falando o tempo todo foi muito agradável e divertida.
No outro dia
Thaíse: Fomos embora da creperia e ele me pediu um e-mail.
Dei logo o msn, e a partir dali (eu já em Goiânia e ele em Brasília) começamos a nos conhecer melhor. Me deliciava em conhecê-lo um pouco mais todos os dias no msn.
Nesse período eu era apenas uma estudante universitária noturna completamente paitrocinada, então eu podia me dar ao luxo de passar a tarde inteira na internet, enquanto ele estava trabalhando e falava comigo quando podia, o engraçado é que ele sempre podia..rs
Nessa convivência diária e tão próxima, a sensação de que éramos parecidos, gêmeos de alma, era tão grande que nos sentíamos próximos tais que não nos dávamos conta de que tínhamos acabado de nos conhecer. Foi aí que eu me apaixonei...ou me dei conta do quanto já estava caidinha por ele. Mas, não contei a ele.
Então, eu orei e entreguei aquilo tudo a Deus. Não queria me envolver por envolver, pra mim só serviria se fosse pra sempre. E orei a respeito. E falei com Deus secretamente que se foi Ele quem falou comigo aquele dia lá no crepe, então Ele também tinha que fazer as coisas acontecerem por si, naturalmente, se fosse o caso de dar certo, que fosse do modo mais correto. E foi aí que eu tomei outra decisão.
Marquei um prazo com Deus, de que se até um dia tal o Mervyn não fosse claro em relação às intenções dele comigo, eu seguiria minha vida longe dele, bloquearia o rapaz e excluiria dos meus contatos....seria apenas uma lembrança boa, e não disse nada a ninguém.
No dia do prazo, eu entrei na internet rapidamente, o cumprimentei em poucas linhas, me despedindo internamente, quando de repente ele me disse o quanto estava amando me conhecer e logo declarou que estava apaixonado por mim e que tinha certeza disso há três dias! Ele não tinha me dito antes. Por que não?! Porque Deus agiu comigo na hora certa.
Quando li o que ele escreveu, eu fiquei estática, sem reação, pensando no que dizer, o que aquilo tudo significava....e por fim explodi de alegria por dentro, era uma resposta. Uma resposta pessoal. De Deus para mim!
Mervyn: Na hora de ir embora, consegui seu msn, e adicionei imediatamente ao chegar em casa. E começamos a manter contato diariamente pelo msn e telefone, e até mesmo pessoalmente num dia que inventei uma rápida viagem de moto a Goiânia com objetivo principal de encontrá-la, daí as coisas foram acontecendo. Eu me apaixonei demais e já não imaginava minha vida sem essa mulher maravilhosa fazendo parte de mim.
E nos outros dias adiante..
Thaíse: Continuamos conversando....um mês depois decidimos orar pela situação juntos, para termos certeza do sentimento e do que iríamos ou não fazer. Tanto ele quanto eu queríamos um relacionamento para o casamento.
Começamos a ler “Uma vida com Propósitos”, e quando terminamos, conversamos sobre o que esperávamos um do outro, o que queríamos para a nossa vida em termos de relacionamento e tudo se encaixava...e ainda assim ele não tinha certeza de que eu queria namorar com ele...rs
Mervyn: Demoramos a oficializar o nosso namoro, pois eu imaginava que ela queria apenas minha amizade, mas resolvi arriscar e roubei-lhe um beijo no meio de um shopping, fechamos o dia com chave de ouro, beijando e eu me sentindo seu namorado. No outro dia ela estava evitando meus beijos e disse que só me beijaria se fôssemos namorados, então a pedi em namoro e ela aceitou, fui às nuvens.
Descobri que a amo a ponto de dar minha vida por ela, por isso quero viver para sempre ao seu lado.
Thaíse: Então, no dia 10/10/2004 ele veio a Goiânia e me pediu em namoro. Um pedacinho do céu na minha vida terrena. Momentos inesquecíveis, palavras marcadas, uma vida apaixonada, assim eu posso definir. Em 17/01/2006 ele se mudou para Goiânia depois de perceber que eu não queria morar em Brasília, mas infelizmente não deu muito certo, e ele acabou voltando para a capital federal, onde eu estou morando desde que me casei, dia 21/03/2009, e tem sido uma benção cada dia, todos os dias!
Vivemos muita coisa boa, passamos por vários momentos tristes, complicados e difíceis que quase nos fizeram desistir, mas por amor ao nosso amor permanecemos e graças a Deus valeu a pena!
Mais do que um “destino” escrito nas estrelas, é a nossa escolha perfeita. Deus é fiel a despeito de nossas imperfeições.
Thaíse e Mervyn
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
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sábado, 1 de agosto de 2009
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